segunda-feira, 11 de abril de 2011

Depoimentos de mulheres homossexuais

Denise Adams/ÉPOCA
“Não escolhi ser homossexual. Sempre tive uma atração por mulheres, mas não sabia do que se tratava. Pensava comigo mesma que não poderia gostar de meninas. Foi um baque quando me apaixonei por uma mulher, há quatro anos. Entrei em depressão profunda. Antes tive a fase do bissexualismo, quando os meninos só queriam saber de ficar. Hoje em dia é até cool, moderno, dizer que é bi. As meninas se acham modernas, abertas. Não gosto de me relacionar com elas, pois não posso competir com os homens nesse campo. Até já fui trocada por um. Guardo experiências sexuais maravilhosas com eles, já os amei até. Nunca tive medo de perder emprego por causa da minha decisão, mas perdi amigos quando me assumi. Sabia que meus pais iriam me aceitar, mas eu tinha medo de fazê-los sofrer porque eles são de outra geração. Quando contei para eles, rolou a famosa cena do choro, mas as lágrimas caíram do meu rosto, não dos deles. Tenho uma namorada de um ano e meio e a gente se acaricia em público, sim. Confesso que nem percebo a reação das pessoas. Não é para provocar ninguém. Agimos como se fôssemos uma hetero. Mas se mexerem comigo, eu revido. Sou uma ótima cidadã, mas viro um bicho quando me desrespeitam. Não vou dizer que nunca mais ficarei com homem, até porque nunca me imaginei homossexual. Há preconceito, claro, mas a tendência é diminuir. A sociedade precisa de alguém para crucificar.”

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